Ao refletirmos sobre a avaliação, percebemos que ela não deve ser realizada apenas com os alunos e sim com os professores e a escola. Nesse contexto, encontrei um vídeo de Bill Gates falando um pouco de suas experiências, no TED. Ele comenta a importância de se avaliar um professor e quais os impactos tal ação pode trazer para o país. Confiram!
Olá, seja bem vindo! Este Webfólio tem por principal objetivo disponibilizar textos, fichamentos, sínteses, mapas conceituais, etc. Esses, abordando conteúdos sobre a prática avaliativa e qual a sua influência na formação do educando.
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
Questões para Estudo
O trabalho nesse blog consiste na criação de um webfólio, que servirá a priori como um procedimento avaliativo para a disciplina de avaliação da aprendizagem, que curso na UFPB. Para conhecermos um pouco mais sobre o uso dos portfólios para tal finalidade, estudamos e refletimos sobre o texto "Portfólio, avaliação e trabalho pedagógico", de Benigna Maria de Freitas Villas Boas. Assim, guiados pela leitura e pelas questões elaboradas pelo professor, chegamos as seguintes respostas:
1 - O que é um portfólio?
O portfólio pode ser compreendido como um procedimento de avaliação que condiz com a avaliação formativa.
2 - Que outras formas podemos denominar o portfólio?
Segundo a autora, portfólio ou porta-fólio, também pode ser compreendido como uma pasta utilizada para guardar papéis, fotografias, desenhos, etc.
3 - De onde se originou o uso do portfólio na avaliação?
A princípio, o portfólio consistia numa pasta aonde os artistas depositavam amostras de suas criações para serem observados e analisados por especialistas e professores.
4 - Diferença entre portfólio de arquivo de trabalhos?
Podemos erroneamente acreditar que não exista diferença entre eles, pois, ambos contém materiais desenvolvidos por alunos. Entretanto, o arquivo de trabalhos é apenas uma coleção destes, enquanto que o portfólio pode ser entendido como parte do processo avaliativo, que ensina os discentes a avaliar e apresentar seus trabalhos.
5 - Alguns objetivos comuns quanto ao uso do portfólio:
Benigna apresenta cinco objetivos mais comuns que podemos encontrar nos mais diferentes portfólios. Esses são:
- Motivar alunos menos capazes ao fornece-lhes algo para mostrar por seus esforços;
- Fornecer aos alunos a oportunidade de desenvolver sua identidade;
- Fornecer aos alunos a oportunidade de refletir sobre suas experiências, dentro e fora da escola;
- Estimular e apresentar uma forma de reconhecimento dos resultados obtidos;
- Fornecer evidências sobre as competências e o sucesso do aluno.
6 - Cite os cinco elementos que o trabalho como portfólio oferece.
Podemos listar, como características do uso do portfólio no processo educacional, os seguintes pontos:
- A utilização dele beneficia qualquer tipo de aluno, sendo introvertido ou extrovertido, o que trabalha em grupo ou não, o interessado e o desinteressado, etc. Pois, eles motivados a estudar para aprender e não para passar de ano;
- Os alunos declaram sua identidade, não apenas como educandos, mas, como sujeitos dispostos a aprender, compartilhar experiências e histórias de vida;
- A escola passa a adotar as atividades e as experiências vividas pelo aluno fora do ambiente escolar;
- O aluno será capaz de perceber que o trabalho desenvolvido lhe pertence;
- O portfólio é capaz de revelar capacidades e potencialidades, pois estimula o discente a buscar formas diferentes de aprender.
7 - Quais os princípios norteadores para o trabalho como o portfólio? Explique cada um deles.
- Construção - Como o próprio nome sugere, inicialmente deve ser trabalhada a construção do portfólio pelo próprio aluno, aonde poderá fazer suas escolhas e tomar decisões;
- Reflexão - É por meio desta que o aluno irá decidir o que e como incluir em seu portfólio, tendo a oportunidade de refazê-las sempre que considerar necessário;
- Criatividade - Favorecido pelos princípios norteadores, encontramos o princípio da criatividade. Aonde, podemos destacar que o aluno estará apto a escolher a maneira que deseja organizar seu portfólio e está buscando novas formas de aprender, pois, está sempre trabalhando e tomando decisões;
- Auto-avaliação - Podemos entender a auto-avaliação como o processo no qual o aluno será capaz de analisar, continuamente, suas atividades, desenvolvidas e em desenvolvimento, registrando suas percepções e sentimentos, aonde constantemente irá buscar avançar em seu desempenho;
- Parceria - A parceria faz parte dos princípios norteadores, porque é um procedimento avaliativo em que alunos e professores atuam em conjunto, gerando parcerias entre professor-aluno, aluno-aluno e professor-professor;
- Autonomia - O estudante será capaz de perceber que não precisa ficar aguardando instruções do professor para se trabalhar, logo, irá meios de aprender, de forma independente.
8 - Segundo a autora Klenowski, o trabalho com o portfólio se baseia em seis princípios. Quais são?
Para essa autora, os princípios do trabalho com portfólio são:
- Promove nova perspectiva de aprendizagem;
- É um sucesso;
- Incorpora análise do desenvolvimento da aprendizagem;
- Requer auto-avaliação;
- Encoraja a seleção e a reflexão do aluno sobre seu trabalho;
- Considera os professores como facilitadores da aprendizagem.
9 - O trabalho como o portfólio pode ser feito por um professor ou somente por vários?
Para a autora, é bem provável que nem seja possível a participação de todos os professores, logo, apenas um professor pode pode realizar o uso do portfólio. Desde que a equipe compartilhe a mesma fundamentação teórica sobre avaliação e aprendizagem, apoiada em pesquisas atualizadas.
10 - Como ajudar os alunos a avaliar o seu próprio trabalho com o portfólio?
Podemos iniciar auxiliando os alunos a identificar e registrar os critérios de avaliação, para que a posteriori esses possam analisar características de uma produção considerada adequada.
11 - Quais os componentes de um portfólio?
Os componentes do portfólio devem ser as melhores criações desenvolvidas pelos alunos, que devem ser escolhidas por eles mesmos, com base em seus objetivos de aprendizado e nos critérios de avaliação formulados com o professor.
12 - O professor deve inserir itens no portfólio do aluno?
Essa é uma situação delicada e que merece cuidado, pois, o educando pode sentir que o trabalho não lhe pertence. Desse modo, é interessante discutir com ele quais são os motivos que levaram a sua escolha de colocar o trabalho no portfólio.
13 - Quais alguns descritores de avaliação do portfólio em cursos superiores?
Os descritores podem ser:
- Cumpre os propósitos gerais;
- Cumpre o propósito específico;
- Apresenta análise do material incluído;
- Contém propostas para enfrentamento das dificuldades relacionadas ao desenvolvimento da avaliação;
- Apresenta textos escritos com correção;
- Inclui reflexões sobre o processo de aprendizagem e avaliação;
- Apresenta organização que facilita a sua compreensão;
- Foi construído ao logo do semestre;
- Apresenta síntese conclusiva;
- Apresenta avaliação final do trabalho.
14 - Quais algumas dificuldades citadas pela autora na construção de portfólios nos cursos superiores?
A principal queixa da autora é a resistência dos alunos a um processo avaliativo que exige a sua participação e que não estão familiarizados.
15 - Trabalhar com portfólio significa assumir riscos. Quais riscos a autora menciona no texto estudado?
Ela menciona o perigo de que o portfólio pode se tornar apenas uma pasta de arquivos e registros, corrompendo seu uso e o transformando em modismo da educação. Outro risco é a resistência encontrada em professores e alunos, que inicialmente acreditam que terão muito mais trabalho do que antes.
Referências:
VILLAS BOAS, Benigna Maria de Freitas. Portfólio, avaliação e trabalho pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 2004.
domingo, 8 de fevereiro de 2015
Os nove jeitos mais comuns de avaliar os estudantes
Estudando sobre a avaliação percebemos que esta erroneamente está vinculada a ideia de examinar e classificar, atos realizados comumente por uma prova. Desse modo, é importante refletirmos sobre outras maneiras, mais apropriadas e eficientes em sua especificidade, para obtermos informações sobre o desenvolvimento dos educandos. Assim, a revista Nova Escola publicou as nove maneiras mais comuns para se avaliar alunos. O artigo pode ser encontrado através do link: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/avaliacao-nota-10-424569.shtml.
Os nove jeitos mais comuns de avaliar
Prova objetiva | |
Definição | Série de perguntas diretas, para respostas curtas, com apenas uma solução possível. |
Função | Avaliar o que aluno apreendeu sobre dados singulares e específicos do conteúdo. |
Vantagens | É familiar às crianças, simples de preparar e de responder e pode abranger grande parte do exposto em sala de aula. |
Atenção | Foque as questões somente em conteúdos já trabalhados em sala. |
Planejamento | Selecione os conteúdos para elaborar as questões e faça as chaves de correção; elabore as instruções sobre a maneira adequada de responder às perguntas. |
Análise | Defina o valor de cada questão e multiplique-o pelo número de respostas corretas |
Como utilizar as informações | Analise as questões que todos os alunos acertaram e retome os conteúdos referentes àquelas que a maioria da turma errou. |
Prova dissertativa | |
Definição | Série de perguntas que exijam capacidade de estabelecer relações, resumir, analisar e explicar. |
Função | Verificar a capacidade de analisar o problema central, abstrair fatos, formular idéias e redigi-las. |
Vantagens | O aluno tem liberdade para expor os pensamentos, mostrando habilidades de organização, interpretação e expressão. |
Atenção | Defina o número de questões pensando no tempo que os alunso terão para resolver cada uma delas. |
Planejamento | Elabore poucas questões e dê tempo suficiente para que os alunos possam pensar e sistematizar suas respostas. |
Análise | Defina o valor de cada pergunta e atribua pesos à clareza das ideias, à capacidade de argumentação e à conclusão. |
Como utilizar as informações | Após a correção das provas, discuta coletivamente algumas questões respondidas de diferentes modos pelos alunos. |
Seminário | |
Definição | Exposição oral para um público leigo, utilizando a fala e materiais de apoio adequados ao assunto. |
Função | Possibilitar a transmissão verbal das informações pesquisadas de forma eficaz. |
Vantagens | Contribui para a aprendizagem do ouvinte e do expositor, exige pesquisa, planejamento e organização das informações; desenvolve a comunicação oral em público. |
Atenção | Apresentar um conteúdo estudado não significa memorizá-lo. |
Planejamento | Ajude na delimitação do tema, forneça bibliografia e fontes de pesquisa, esclareça os procedimentos apropriados de apresentação; defina a duração e a data da apresentação; e traga bons modelos de referência. |
Análise | Atribua pesos à abertura, ao desenvolvimento do tema, aos materiais utilizados e à conclusão. Estimule a classe a fazer perguntas e emitir opiniões. |
Como utilizar as informações | Caso a apresentação não tenha sido satisfatória, planeje atividades específicas que possam auxiliar no desenvolvimento dos objetivos não atingidos. |
Trabalho em grupo | |
Definição | Atividades de natureza diversa (escrita, oral, gráfica, corporal etc) realizadas coletivamente. |
Função | Construir conhecimentos de forma colaborativa. |
Vantagens | A interação é um fator de aprendizagem. Por isso as trocas horizontais são muito importantes. |
Atenção | Esse procedimento não tira do professor a necessidade de buscar informações para orientar as equipes. Nem deve substituir os momentos individuais de aprendizagem. |
Planejamento | Proponha uma série de atividades relacionadas ao conteúdo a ser trabalhado, forneça fontes de pesquisa, ensine os procedimentos necessários e indique os materiais básicos para a consecução dos objetivos. |
Análise | Acompanhe os grupos, intervenha e dê mais atenção àqueles que não estão conseguindo produzir. |
Como utilizar as informações | Observe se houve participação de todos e colaboração entre os colegas, atribua valores às diversas etapas do processo e ao produto final. |
Debate | |
Definição | Discussão em que os alunos expõem seus pontos de vista a respeito de assunto polêmico. |
Função | Aprender a defender uma opinião fundamentando-a em argumentos convincentes. |
Vantagens | Desenvolve a habilidade de argumentação e a oralidade; faz com que o aluno aprenda a escutar com um propósito. |
Atenção | Como mediador, dê chance de participação a todos e não tente apontar vencedores, pois em um debate deve-se priorizar o fluxo de informações entre as pessoas. |
Planejamento | Defina o tema, oriente a pesquisa prévia, combine com os alunos o tempo, as regras e os procedimentos; mostre exemplos de bons debates. No final, peça relatórios que contenham os pontos discutidos. Se possível, grave a discussão para análise posterior. |
Análise | Estabeleça pesos para a pertinência da intervenção, a adequação do uso da palavra e a obediência às regras combinadas. |
Como utilizar as informações | Crie outros debates em grupos menores; analise o vídeo e aponte as deficiências e os momentos positivos. |
Relatório individual | |
Definição | Texto produzido pelo aluno depois de atividades práticas ou projetos temáticos. |
Função | Averiguar o que o aluno aprendeu. |
Vantagens | É possível avaliar o real nível de apreensão de conteúdos depois de atividades coletivas ou individuais. |
Atenção | É importante escrever uma devolutiva para o aluno. |
Planejamento | Defina o tema e oriente a turma sobre a estrutura apropriada (introdução, desenvolvimento, conclusão e outros itens que julgar necessários, dependendo da extensão do trabalho); o melhor modo de apresentação e o tamanho aproximado. |
Análise | Estabeleça pesos para cada item que for avaliado (estrutura do texto, conteúdo, apresentação). |
Como utilizar as informações | Só se aprende a escrever escrevendo. Caso algum aluno apresente dificuldade em itens essenciais, crie atividades específicas, indique bons livros e solicite mais trabalhos escritos. |
Autoavaliação | |
Definição | Análise oral ou por escrito, em formato livre, que o aluno faz do próprio processo de aprendizagem. |
Função | Fazer o aluno adquirir a capacidade de analisar seu percurso de aprendizagem, tomando consciência de seus avanços e de suas necessidades. |
Vantagens | O aluno torna-se sujeito do processo de aprendizagem, adquire responsabilidade sobre ele, aprende a enfrentar limitações e estabelecer prioridades. |
Atenção | O aluno só se abrirá se sentir que há um clima de confiança entre o professor e ele e que esse instrumento será usado para ajudá-lo a aprender |
Planejamento | Forneça ao aluno um roteiro de autoavaliação, definindo as áreas sobre as quais você gostaria que ele discorresse; liste habilidades e conteúdos e peça que ele indique aquelas em que se considera apto e aquelas em que precisa de reforço. |
Análise | Use esse documento ou depoimento como uma das principais fontes para o planejamento das próximas intervenções. |
Como utilizar as informações | Ao tomar conhecimento das necessidades do aluno, sugira atividades individuais ou em grupo para ajudá-lo a superar as dificuldades. |
Observação | |
Definição | Análise do desempenho do aluno em fatos do cotidiano escolar ou em situações planejadas. |
Função | Seguir o desenvolvimento do aluno e ter informações objetivas sobre sua participação em sala. |
Vantagens | Perceber como o aluno constrói o conhecimento, seguindo de perto todos os passos desse processo. |
Atenção | Faça anotações no momento em que ocorre o fato; evite generalizações e julgamentos subjetivos; considere somente os dados fundamentais no processo de aprendizagem. |
Planejamento | Elabore uma ficha organizada (check-list, escalas de classificação) prevendo atitudes, habilidades e competências que serão observadas. Isso vai auxiliar na percepção global da turma e na interpretação dos dados. |
Análise | Compare as anotações do início do ano com os dados mais recentes para perceber o que o aluno já realiza com autonomia e o que ainda precisa de acompanhamento. |
Como utilizar as informações | Esse instrumento serve como uma lupa sobre o processo de desenvolvimento do aluno e permite a elaboração de intervenções específicas para cada caso. |
Conselho de classe | |
Definição | Reunião sobre uma determinada turma, liderada pela equipe pedagógica. |
Função | Compartilhar informações sobre a classe e sobre cada aluno para embasar a tomada de decisões. |
Vantagens | Favorece a integração entre professores, a análise do curriculo e a eficácia dos métodos utilizados; facilita a compreensão dos fatos com a exposição de diversos pontos de vista. |
Atenção | Faça sempre observações concretas e não rotule o aluno; cuidado para que a reunião não se torne apenas uma confirmação de aprovação ou de reprovação. |
Planejamento | Conhecendo a pauta de discussão, liste os itens que pretende comentar. Todos os participantes devem ter direito à palavra para enriquecer o diagnóstico dos problemas, suas causas e soluções. |
Análise | O resultado final deve levar a um consenso da equipe em relação aos melhores encaminhamentos para cada aluno. |
Como utilizar as informações | O professor deve usar essas reuniões como ferramenta de auto-análise. A equipe deve prever mudanças tanto na prática diária de cada docente como também no currículo e na dinâmica escolar, sempre que necessário. |
Ken Robinson: Escolas matam a criatividade?
Pesquisando sobre o processo evolutivo da educação, encontrei o vídeo abaixo. Nele, Ken Robinson fala, de forma dinâmica e divertida, reflexões sobre o atual modelo de ensino mundial. O conteúdo não está ligado diretamente ao processo avaliativo, entretanto, nos leva a questionar qual o papel e o foco da escola em seu atual modelo e quais as suas consequências no futuro das crianças e do mundo.
Reflexões Sobre a Avaliação na Escola Infantil
Em minhas pesquisas sobre o processo de avaliação, encontrei um vídeo interessante da professora Jussara Hoffman, da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que traz algumas reflexões sobre o processo avaliativo na educação infantil.
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