O professor dinossauro
Os dinossauros foram
animais que viveram a mais de duzentos milhões de anos atrás e por um vasto
período foram a espécie dominante na terra. Dentre eles podemos destacar o
Paquicefalossauro, um dinossaurinho bípede e herbívoro que tinha, no topo do
osso do crânio, alguns centímetros a mais de espessura. Segundo os cientistas,
eles utilizavam sua cabeça, literalmente, para se defender.
Nas escolas, em
especial nas escolas públicas, encontramos o nosso professor dinossauro. Para
reconhecê-lo é fácil! Procure apenas um educando de idade avançada, que já
lecionou anos e anos a mesma disciplina e que insiste em aplicar os mesmos
métodos. Mas, não se engane! Como os dinossauros, eles já tiveram seus anos de
glória, com uma didática atualizada, para a época, e muitos elogios por seu
trabalho prestado.
Entretanto, eles
envelheceram e ficaram perdidos no tempo, enquanto que a sociedade continuou a
mudar e evoluir. Hoje, precisamos de professores em constante atualização
profissional, que sejam capazes de facilitar o processo de ensino, para que
assim, os alunos possam se desenvolver e adquirir novos conhecimentos. Pois,
estes precisam se tornar indivíduos críticos e participativos no meio em que
vivem.
Esse tipo de docente
geralmente é calmo, como o Paquicefalossauro, mas, quando cogitados sobre novas
metodologias de ensino, o professor dinossauro impõe resistência e se defende
como pode, usando, mesmo que figurativamente, seus cabelos brancos. Alega que
sua experiência no ramo escolar é incomparável e invejável e que os bons tempos
da escola ficaram para trás. Naquele tempo, em que apenas o professor tinha voz
na aula, detendo todo o conhecimento em si, a escola realmente fazia sentido.
Contudo, é fácil
perceber que esse tipo de professor, diferente dos dinossauros, ainda não
entrou em extinção. Esse mestre, que não conseguiu se adaptar as novas
condições do meio escolar já deveria ter sido extinto a anos, entretanto,
sobrevivem através de favores políticos e a certeza de que não podem ser
demitidos, pois são concursados.
Referências
WERNECK, Hamilton. Prova, provão, camisa de força da educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.
Referências
WERNECK, Hamilton. Prova, provão, camisa de força da educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.
Nenhum comentário:
Postar um comentário