domingo, 8 de março de 2015

Professor animal

       Após ler o texto do Hamilton, aonde os professores são comparados aos animais através de suas características, elaboramos textos contendo novos tipos de professores. Hamilton nos mostra, dentre outros, o professor macaco, cobra, preguiça e carrasco. Eu, então lhes apresento o professor dinossauro:


O professor dinossauro


Os dinossauros foram animais que viveram a mais de duzentos milhões de anos atrás e por um vasto período foram a espécie dominante na terra. Dentre eles podemos destacar o Paquicefalossauro, um dinossaurinho bípede e herbívoro que tinha, no topo do osso do crânio, alguns centímetros a mais de espessura. Segundo os cientistas, eles utilizavam sua cabeça, literalmente, para se defender.
Nas escolas, em especial nas escolas públicas, encontramos o nosso professor dinossauro. Para reconhecê-lo é fácil! Procure apenas um educando de idade avançada, que já lecionou anos e anos a mesma disciplina e que insiste em aplicar os mesmos métodos. Mas, não se engane! Como os dinossauros, eles já tiveram seus anos de glória, com uma didática atualizada, para a época, e muitos elogios por seu trabalho prestado.
Entretanto, eles envelheceram e ficaram perdidos no tempo, enquanto que a sociedade continuou a mudar e evoluir. Hoje, precisamos de professores em constante atualização profissional, que sejam capazes de facilitar o processo de ensino, para que assim, os alunos possam se desenvolver e adquirir novos conhecimentos. Pois, estes precisam se tornar indivíduos críticos e participativos no meio em que vivem.
Esse tipo de docente geralmente é calmo, como o Paquicefalossauro, mas, quando cogitados sobre novas metodologias de ensino, o professor dinossauro impõe resistência e se defende como pode, usando, mesmo que figurativamente, seus cabelos brancos. Alega que sua experiência no ramo escolar é incomparável e invejável e que os bons tempos da escola ficaram para trás. Naquele tempo, em que apenas o professor tinha voz na aula, detendo todo o conhecimento em si, a escola realmente fazia sentido.
Contudo, é fácil perceber que esse tipo de professor, diferente dos dinossauros, ainda não entrou em extinção. Esse mestre, que não conseguiu se adaptar as novas condições do meio escolar já deveria ter sido extinto a anos, entretanto, sobrevivem através de favores políticos e a certeza de que não podem ser demitidos, pois são concursados.


Referências

WERNECK, Hamilton. Prova, provão, camisa de força da educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.


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