Olá, seja bem vindo! Este Webfólio tem por principal objetivo disponibilizar textos, fichamentos, sínteses, mapas conceituais, etc. Esses, abordando conteúdos sobre a prática avaliativa e qual a sua influência na formação do educando.
domingo, 15 de março de 2015
Rir, para não chorar!
Quarta feira passada ocorreu a apresentação dos webfólios à turma de Licenciatura em Ciência da Computação, da UFPB, Campus IV. Desse modo, como provável última postagem no blog, trago duas charges que, de forma irreverente, mostram situações que dificultam o trabalho docente, bem como todo o processo de ensino e aprendizagem.
terça-feira, 10 de março de 2015
Vida acadêmica
Hoje, resolvemos relatar sobre as avaliações ao qual fomos submetidos durante nossa vida acadêmica. Assim, poderemos conhecer um pouco mais sobre a realidade de algumas escolas brasileiras e sobre nós mesmos.
Relato de vida
acadêmica sobre os processos de avaliação
A primeira memória que me vem a cabeça
quando penso em meus primeiros anos escolares são os exercícios de cobrir
letras e colorir figuras. Passávamos horas nessas atividades lúdicas, que
acreditava eu, mesmo criança, que elas de nada me serviam. Entretanto, naquele
tempo eu me divertia com essas atividades e me sentia orgulhoso quando tudo
saía bonito e eu era elogiado. Todos os alunos queriam fazer os desenhos mais
bonitos e coloridos, para assim, chamar a atenção da “tia”, nossa doce
professora do então jardim de infância.
Avançando um pouco no tempo, posso
lembrar vagamente do meu processo de alfabetização. A “tia” ia ensinando as letras
e como formar as sílabas, bem como, estas se tornariam palavras e frases. Ainda
consigo se lembrar do momento extado em li meu primeiro texto, sobre uma foca e
sua bola. Um mundo novo surgia diante de meus olhos e foi nesse momento que as
provas entraram em minha vida. Eu tinha
de aprender a ler pequenos textos para poder fazer chamada oral, aonde, erámos
convocados ao birô da educadora, que nos pedia para ler duas ou três frases
alternadas. Nessa etapa também fui apresentado à tabuada, que deveria ser
memorizada para as chamadas orais.
Aprendemos assim a ler e a escrever, a
contar frutas e doces, somando, multiplicando, dividindo e subtraindo. Mas, as provas
nunca eram tão doces. Pois, estas já apresentavam cerca de oito a dez questões
técnicas e específicas. “Qual o dia da independência?”, “Qual o dia do índio?”,
eram exemplos de perguntas que me eram feitas nas provas de História. Hoje me
parece simples lembrar essas datas, mas, na minha infância eu não conseguia
compreender que significado tinha essa independência brasileira, imagine
lembrar o porquê esse dia era tão comemorado em minha cidade. Eu nunca havia
visto um índio, então, porque teríamos um dia só para ele? Não importava
aprender! Eu só precisava lembrar-se das datas.
Nessa época as “notas vermelhas” não me
importunavam. Era fácil conseguir uma nota dez. Tudo que se fazia rendia tal
conceito. Ganhava vários pontos e o tão aclamado “Visto!” do mestre em meu
caderno de anotações era como um passaporte para a promoção de série. Mas se
tem uma coisa que me marcou academicamente nesse momento foi a necessidade de
ter que parar por algumas horas e ter que rever conteúdos para poder fazer uma
prova. Ou melhor, se preparar para a tão temida semana de provas, aonde toda a
escola para e se direciona para tal atividade.
Chegando ao ensino fundamental II
passei a ter um professor para cada disciplina, o que no meu tempo contabilizou
dez deles. Lembro-me que senti um choque de realidades muito grande, pois, a
tia, pessoa amável e confidente, deu lugar ao professor, ser sério,
inalcançável e intocável. Até o recreio mudou de nome e se tornou “intervalo”.
As aulas, bem mais específicas, passaram a se tornar cada vez mais chatas,
todavia, eu precisava aprender de tudo para conseguir encerrar o ano letivo
aprovado.
Não pensem que estou saindo do assunto
da avaliação escolar quando cito o recreio e a postura séria do professor.
Muito pelo contrário! Tudo tinha relação com as provas, pois, estávamos em um
ambiente mais sério, aonde todos queria ser adultos. Consequentemente, a
quantidade de trabalhos, provas, feiras de ciências e apresentações de
trabalhos se multiplicou. E somente aqueles que eram “bons alunos” conseguiam
sair da semana de provas ilesos. Era assim que os professores conseguiam nos
classificar. E foi assim que passamos a nos identificar e disputar, porque
ninguém queria ser o aluno ruim da sala.
Chegando ao ensino médio tudo foi
intensificado com a aparição de novas disciplinas e o aumento do desinteresse
pela escola. Essa coisa de escola já estava cansando, mas, o pior ainda estava
por vir. Já me era cobrado uma nova postura, que era a de estudar para ser aprovado
no PSS (Processo Seletivo Seriado) ou no ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio).
Eu ainda tinha de estudar para as provas escolares, que eram em sua maioria bem
difíceis, todavia, os conteúdos e as provas objetivavam me preparar para a
aprovação no vestibular. Principalmente quando fiz cursinho pré-vestibular,
aonde você é forçado a só pensar nisso.
Nessa época conheci diferentes tipos de
professores e suas avaliações. Na escola sempre existia aquele docente que
gostava de ser o pesadelo dos discentes, com provas difíceis, pois, ou metade
da turma ia para a sua final ou ele não se sentia realizado. Também existia
aquele mestre que sempre usava a mesma prova, ano após ano, ou então aquele que
inventava uma na hora, de cabeça, para mostrar o quanto era inteligente. Para
nós, alunos, a única coisa que restava era se adaptar as provas e ao tipo de
coisa que cada professor gostava de perguntar. Acredito que foi o período de
minha vida que menos aprendi cosias novas e adquiri o hábito de só estudar para
um exame na véspera, pois, só o fazia por obrigação.
Depois de muito estudar consegui uma
vaga na UFPB, no curso de licenciatura em ciência da computação, que apresenta
baixíssima concorrência para sua admissão. Novamente, senti um choque de
cobranças muito grande, pois, ao mesmo tempo em que não pediam nada, me exigiam
muita responsabilidade. Os estilos de prova se modificaram, apareceram mini
testes, avaliações surpresas, a semana de prova deixou de existir oficialmente,
entretanto, no final do período é de se correr louco para não ser atingido
pelas reprovações. Foi aqui que comecei a perceber o quão os exames nos
classificavam e excluíam, porque eu vi que era verdade o que me diziam: “entrar
na universidade é fácil, difícil é sair.”.
Chegando a conclusão de que ou eu estudava, ou dormia bem ou fazia
amigos.
O engraçado que acho nisso tudo é que,
embora estejamos aprendendo conhecimentos que iremos utilizar no mercado de
trabalho, nosso foco principal é a promoção. Nunca fui para uma final em minha
vida, mas, sei o quão é assustador ter que se preparar para uma prova contendo
assuntos de uma disciplina inteira. Oras, se você não aprendeu durante um
período, aos poucos, como irá aprender em alguns dias? Sem contar a quantidade
de leitura e produção de textos, que nunca me foi solicitado em minha vida
acadêmica, entretanto, teve de se tornar algo normal e corriqueiro.
Se antes eu havia conhecido alguns
tipos de professores, hoje consigo classificar através de muitos outros
estilos. Na universidade conheci aquele professor que vai para a aula apenas
para ler slides, mesmo que estes já tenham sido preparados a mais de dez anos
por outro professor, mas, tem prazer em fazer a chamada e reprovar seus alunos
por falta. Esta, muitas vezes utilizadas para forçar os alunos a comparecer e a
permanecer nas aulas. E nesse contexto, já vi muita gente dormindo em sala,
saindo durante uma explicação para ir passear ou lavar o rosto e tentar
despertar.
Já tive professores que começam o
período alegando que não fazem provas, pois, acham uma prática ruim.
Entretanto, fazem mini testes, de poucos minutos, todas as aulas. Logo, se você
chegar atrasado, por qualquer que seja o motivo, terá sua nota prejudicada. Sem
contar o desespero que é ter que se preparar para uma prova, pois, de mini
esses testes não tem nada. Outra forma avaliativa bastante utilizada são os
seminários, entretanto, percebo que muitas vezes os professores se perdem em
como transformar a atividade em nota, pois, previamente não são definidos os
critérios avaliativos.
É obvio que não posso generalizar e
dizer que todos os professores são falhos, pois, também já vi excelentes
professores utilizando, como por exemplo, mini testes de uma forma avaliativa e
eficiente. Também é fácil perceber que alguns deles tentam inovar e modificar o
sistema de exames e notas, entretanto, poucos o conseguem. E o mais
entristecedor disso tudo é que diante da enorme quantidade de mestre que já
tive em minha vida acadêmica, só alguns poucos tentam se diferenciar e estão
utilizando suas práticas a favor da aprendizagem.
Hoje eu estou estudando sobre como pode
ser feita a avaliação da aprendizagem e já consigo enxergar que sempre fui
avaliado, mesmo quando apenas cobria letras e desenhava. Tudo foi elaborado para
me classificar, e por sorte e empenho, me permitir participar de uma
universidade pública, e excluir aqueles que não tiveram a mesma sorte. Minha
vida estudantil ainda não acabou e tenho muito a aprender, mas, aos poucos eu
sei que vou adquirindo experiências e já consigo enxergar que tipo de
profissional eu quero ser e quais práticas eu desejo abominar.
domingo, 8 de março de 2015
Prova!
Para tentar colocar em prática alguns conceitos aprendidos em sala de aula, cada aluno foi instruído a elaborar uma prova sobre conteúdos de computação. Eu, fiquei encarregado de construir questões sobre o LibreOffice (Impress, Writer e Calc, especialmente), para alunos do 2º ano do Ensino Médio. Dessa forma, tentei elaborar perguntas mais gerais, para tentar enxergar se o aluno conseguiu aprender os conceitos mas básicos e questões específicas e técnicas, para observar o qual eles aprenderam sobre os aplicativos. Por fim, uma questão que terá objetivo analisar se os discentes são capazes de elaborar ideias críticas sobre que aprenderam.
Abaixo segue o modelo de avaliação:
Atividade
avaliativa
01 – Conceitue o
LibreOffice e explique o porquê dele ser considerado um software livre.
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
02 – Associe a
sequência de aplicativos com a alternativa que contenha, em ordem, suas
funcionalidades.
Writer, Calc,
Impress, Draw, Math
a)
Planilha,
editor de texto, editor de desenho, banco de dados, calculadora.
b)
Editor
de texto, planilha, editor de apresentação, editor de desenho, editor de
fórmulas.
c)
Planilha,
calculadora, banco de dados, editor de desenho, editor de fórmulas.
d)
Editor
de texto, calculadora, editor de apresentação, editor de desenho, editor de
fórmulas.
e)
Editor
de texto, planilha, editor de apresentação, banco de dados, calculadora.
03 – Assinale a
alternativa incorreta.
a) O write possui um botão presente na barra
de tarefas que permite a conversão de texto para PDF.
b) Os arquivos de extensão .odt podem ser
conversíveis para .xls.
c) Arquivos de texto de extensão .odt não
abrem no Windows pois foram elaborados em Linux.
d) Através do Base é possível a edição de
banco de dados.
e) O Calc é um aplicativo utilizado para
edição de fórmulas.
04 – Analise as
afirmativas sobre o LibreOffice e as assinale com V, se forem verdadeiras, e
com F, se forem falsas:
( ) Embora seja considerado um software livre,
apresenta versões pagas que contém mais funcionalidades.
( ) É um software totalmente gratuito e doações
são opcionais.
( )
O Base é um aplicativo de edição de vídeos, aonde estes podem ser nos
formatos AVI, MP4, MPEG e HD.
( ) Seus aplicativos são desenvolvidos por
uma comunidade internacional, sem fins lucrativos, que permite a participação
de qualquer indivíduo em seus projetos.
( ) Para ter acesso aos seus códigos é
necessária uma contribuição anual de R$ 25,00.
( )
É um software para escritórios que concorre diretamente contra os
produtos da Microsoft. Por isso, não é possível realizar sua instalação no
Windows.
05 – O
aplicativo, pertencente ao LibreOffice, em que é possível criar apresentações
com figuras em 2D ou 3D, efeitos especiais e animações é denominado:
a) Calc
b) Base c) Math d) Impress e) Writer
06 – Os arquivos
com extensões .ppt, .pps e .pptx podem ser abertos pelo Impress?
( ) Certo (
) Errado ( )
Apenas os .pptx (
) Apenas os .pps
07 – Considerando o Impress:
I.
A inserção de um novo slide pode ser realizada pelo comando de menu Inserir /
Slide.
II.
Clicando com o botão direito do mouse dentro da área de slides não é possível
acessar o comando para incluir um novo slide.
III.
Apagar para cima, Descobrir para a esquerda e Apagar para baixo são alguns dos
efeitos disponíveis na transição de slides.
Está (ão)
correta(s) apenas a(s) afirmativa (s):
a)
I.
b)
III.
c)
I e II.
d)
I e III.
e)
II e III.
08 – Ao salvar
um documento no Writer em seu formato padrão, a extensão do arquivo será:
a)
ODT
b)
DOCX
c)
RTF
d)
PDF
e)
XLS
09 – Ao utilizar
o software de edição de planilhas Calc, considere que existem valores nas
células A1 e B1 e que na célula C1 é realizada uma operação de divisão entre A1
e B1 (=A1/B1). Ao invés de um valor numérico observamos uma mensagem de erro do
tipo #VALOR!.
Com relação a
essa mensagem, é correto afirmar:
a)
Está ocorrendo uma divisão por zero.
b)
Significa que um valor não está disponível para uma função ou fórmula.
c)
Significa que o Excel não conseguiu identificar algum texto na composição de
sua fórmula.
d)
Indica que o valor resultante é muito grande para o espaço disponível na
célula.
e)
Foram encontrados tipos diferentes de dados na fórmula. Uma possibilidade seria
a mistura de dados numéricos com valores textuais.
10 – Em sua
opinião, existem impactos gerados pelos softwares livres? Justifique sua
resposta.
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Professor animal
Após ler o texto do Hamilton, aonde os professores são comparados aos animais através de suas características, elaboramos textos contendo novos tipos de professores. Hamilton nos mostra, dentre outros, o professor macaco, cobra, preguiça e carrasco. Eu, então lhes apresento o professor dinossauro:
O professor dinossauro
Os dinossauros foram
animais que viveram a mais de duzentos milhões de anos atrás e por um vasto
período foram a espécie dominante na terra. Dentre eles podemos destacar o
Paquicefalossauro, um dinossaurinho bípede e herbívoro que tinha, no topo do
osso do crânio, alguns centímetros a mais de espessura. Segundo os cientistas,
eles utilizavam sua cabeça, literalmente, para se defender.
Nas escolas, em
especial nas escolas públicas, encontramos o nosso professor dinossauro. Para
reconhecê-lo é fácil! Procure apenas um educando de idade avançada, que já
lecionou anos e anos a mesma disciplina e que insiste em aplicar os mesmos
métodos. Mas, não se engane! Como os dinossauros, eles já tiveram seus anos de
glória, com uma didática atualizada, para a época, e muitos elogios por seu
trabalho prestado.
Entretanto, eles
envelheceram e ficaram perdidos no tempo, enquanto que a sociedade continuou a
mudar e evoluir. Hoje, precisamos de professores em constante atualização
profissional, que sejam capazes de facilitar o processo de ensino, para que
assim, os alunos possam se desenvolver e adquirir novos conhecimentos. Pois,
estes precisam se tornar indivíduos críticos e participativos no meio em que
vivem.
Esse tipo de docente
geralmente é calmo, como o Paquicefalossauro, mas, quando cogitados sobre novas
metodologias de ensino, o professor dinossauro impõe resistência e se defende
como pode, usando, mesmo que figurativamente, seus cabelos brancos. Alega que
sua experiência no ramo escolar é incomparável e invejável e que os bons tempos
da escola ficaram para trás. Naquele tempo, em que apenas o professor tinha voz
na aula, detendo todo o conhecimento em si, a escola realmente fazia sentido.
Contudo, é fácil
perceber que esse tipo de professor, diferente dos dinossauros, ainda não
entrou em extinção. Esse mestre, que não conseguiu se adaptar as novas
condições do meio escolar já deveria ter sido extinto a anos, entretanto,
sobrevivem através de favores políticos e a certeza de que não podem ser
demitidos, pois são concursados.
Referências
WERNECK, Hamilton. Prova, provão, camisa de força da educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.
Referências
WERNECK, Hamilton. Prova, provão, camisa de força da educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.
Avaliação externa
Durante as discussões coordenadas foram utilizados alguns vídeos para ilustrar alguns assuntos propostos. Dentre esses, destaco o vídeo abaixo, que fala um pouco sobre a avaliação externa, realizada por órgãos governamentais para avaliar a escola e seus professores. Assim, ressaltando que o processo avaliativo não é apenas para o aluno e sim para todos os indivíduos presentes no ambiente escolar.
Discussões coordenadas
Para complementar nossos debates em sala de aula foram elaboradas discussões coordenadas. Estas, trazendo assuntos como a recuperação da aprendizagem, o direito de errar, o fracasso escolar e etc. Abaixo, estão os slides das apresentações.
quinta-feira, 5 de março de 2015
Pesquisa de campo
Partimos para uma pesquisa de campo, aonde, por meio das questões abaixo, tentamos conhecer um pouco da opinião dos discentes, dos cursos de Letras, Licenciatura em ciência da computação e Pedagogia, da UFPB, sobre o processo avaliativo, dentro e fora da instituição. Buscamos também coletar informações acerca das experiências deles no decorrer de sua vida escolar, envolvendo suas avaliações.
Logo mais estarei postando o vídeo contendo as entrevistas realizadas.
Questões utilizadas nas entrevistas:
Para você o que é avaliar?
Para que serve a avaliação aqui na universidade?
Como é visto o “erro” que você comete em alguma atividade solicitada pelo professor?
Como acontece a recuperação?
E depois dos resultados da avaliação o que fazem os seus professores?
Qual lembrança “boa” e “má” você possui sobre a avaliação aqui na universidade?
Quando erram nas atividades ou provas existe algum acompanhamento? Como é feito?
Quais disciplinas que você não gosta da avaliação? Por quê?
Você gosta da forma como você é avaliado pelos professores? Por quê?
Você gosta de ser avaliado (a)? Por quê?
Em sua opinião, por que a "prova" é o instrumento mais utilizado no que diz respeito à avaliação?
Que sugestão sobre avaliação você daria para seu professor (a)?
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
TED - Bill Gates e o emprego mais importante do mundo
Ao refletirmos sobre a avaliação, percebemos que ela não deve ser realizada apenas com os alunos e sim com os professores e a escola. Nesse contexto, encontrei um vídeo de Bill Gates falando um pouco de suas experiências, no TED. Ele comenta a importância de se avaliar um professor e quais os impactos tal ação pode trazer para o país. Confiram!
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
Questões para Estudo
O trabalho nesse blog consiste na criação de um webfólio, que servirá a priori como um procedimento avaliativo para a disciplina de avaliação da aprendizagem, que curso na UFPB. Para conhecermos um pouco mais sobre o uso dos portfólios para tal finalidade, estudamos e refletimos sobre o texto "Portfólio, avaliação e trabalho pedagógico", de Benigna Maria de Freitas Villas Boas. Assim, guiados pela leitura e pelas questões elaboradas pelo professor, chegamos as seguintes respostas:
1 - O que é um portfólio?
O portfólio pode ser compreendido como um procedimento de avaliação que condiz com a avaliação formativa.
2 - Que outras formas podemos denominar o portfólio?
Segundo a autora, portfólio ou porta-fólio, também pode ser compreendido como uma pasta utilizada para guardar papéis, fotografias, desenhos, etc.
3 - De onde se originou o uso do portfólio na avaliação?
A princípio, o portfólio consistia numa pasta aonde os artistas depositavam amostras de suas criações para serem observados e analisados por especialistas e professores.
4 - Diferença entre portfólio de arquivo de trabalhos?
Podemos erroneamente acreditar que não exista diferença entre eles, pois, ambos contém materiais desenvolvidos por alunos. Entretanto, o arquivo de trabalhos é apenas uma coleção destes, enquanto que o portfólio pode ser entendido como parte do processo avaliativo, que ensina os discentes a avaliar e apresentar seus trabalhos.
5 - Alguns objetivos comuns quanto ao uso do portfólio:
Benigna apresenta cinco objetivos mais comuns que podemos encontrar nos mais diferentes portfólios. Esses são:
- Motivar alunos menos capazes ao fornece-lhes algo para mostrar por seus esforços;
- Fornecer aos alunos a oportunidade de desenvolver sua identidade;
- Fornecer aos alunos a oportunidade de refletir sobre suas experiências, dentro e fora da escola;
- Estimular e apresentar uma forma de reconhecimento dos resultados obtidos;
- Fornecer evidências sobre as competências e o sucesso do aluno.
6 - Cite os cinco elementos que o trabalho como portfólio oferece.
Podemos listar, como características do uso do portfólio no processo educacional, os seguintes pontos:
- A utilização dele beneficia qualquer tipo de aluno, sendo introvertido ou extrovertido, o que trabalha em grupo ou não, o interessado e o desinteressado, etc. Pois, eles motivados a estudar para aprender e não para passar de ano;
- Os alunos declaram sua identidade, não apenas como educandos, mas, como sujeitos dispostos a aprender, compartilhar experiências e histórias de vida;
- A escola passa a adotar as atividades e as experiências vividas pelo aluno fora do ambiente escolar;
- O aluno será capaz de perceber que o trabalho desenvolvido lhe pertence;
- O portfólio é capaz de revelar capacidades e potencialidades, pois estimula o discente a buscar formas diferentes de aprender.
7 - Quais os princípios norteadores para o trabalho como o portfólio? Explique cada um deles.
- Construção - Como o próprio nome sugere, inicialmente deve ser trabalhada a construção do portfólio pelo próprio aluno, aonde poderá fazer suas escolhas e tomar decisões;
- Reflexão - É por meio desta que o aluno irá decidir o que e como incluir em seu portfólio, tendo a oportunidade de refazê-las sempre que considerar necessário;
- Criatividade - Favorecido pelos princípios norteadores, encontramos o princípio da criatividade. Aonde, podemos destacar que o aluno estará apto a escolher a maneira que deseja organizar seu portfólio e está buscando novas formas de aprender, pois, está sempre trabalhando e tomando decisões;
- Auto-avaliação - Podemos entender a auto-avaliação como o processo no qual o aluno será capaz de analisar, continuamente, suas atividades, desenvolvidas e em desenvolvimento, registrando suas percepções e sentimentos, aonde constantemente irá buscar avançar em seu desempenho;
- Parceria - A parceria faz parte dos princípios norteadores, porque é um procedimento avaliativo em que alunos e professores atuam em conjunto, gerando parcerias entre professor-aluno, aluno-aluno e professor-professor;
- Autonomia - O estudante será capaz de perceber que não precisa ficar aguardando instruções do professor para se trabalhar, logo, irá meios de aprender, de forma independente.
8 - Segundo a autora Klenowski, o trabalho com o portfólio se baseia em seis princípios. Quais são?
Para essa autora, os princípios do trabalho com portfólio são:
- Promove nova perspectiva de aprendizagem;
- É um sucesso;
- Incorpora análise do desenvolvimento da aprendizagem;
- Requer auto-avaliação;
- Encoraja a seleção e a reflexão do aluno sobre seu trabalho;
- Considera os professores como facilitadores da aprendizagem.
9 - O trabalho como o portfólio pode ser feito por um professor ou somente por vários?
Para a autora, é bem provável que nem seja possível a participação de todos os professores, logo, apenas um professor pode pode realizar o uso do portfólio. Desde que a equipe compartilhe a mesma fundamentação teórica sobre avaliação e aprendizagem, apoiada em pesquisas atualizadas.
10 - Como ajudar os alunos a avaliar o seu próprio trabalho com o portfólio?
Podemos iniciar auxiliando os alunos a identificar e registrar os critérios de avaliação, para que a posteriori esses possam analisar características de uma produção considerada adequada.
11 - Quais os componentes de um portfólio?
Os componentes do portfólio devem ser as melhores criações desenvolvidas pelos alunos, que devem ser escolhidas por eles mesmos, com base em seus objetivos de aprendizado e nos critérios de avaliação formulados com o professor.
12 - O professor deve inserir itens no portfólio do aluno?
Essa é uma situação delicada e que merece cuidado, pois, o educando pode sentir que o trabalho não lhe pertence. Desse modo, é interessante discutir com ele quais são os motivos que levaram a sua escolha de colocar o trabalho no portfólio.
13 - Quais alguns descritores de avaliação do portfólio em cursos superiores?
Os descritores podem ser:
- Cumpre os propósitos gerais;
- Cumpre o propósito específico;
- Apresenta análise do material incluído;
- Contém propostas para enfrentamento das dificuldades relacionadas ao desenvolvimento da avaliação;
- Apresenta textos escritos com correção;
- Inclui reflexões sobre o processo de aprendizagem e avaliação;
- Apresenta organização que facilita a sua compreensão;
- Foi construído ao logo do semestre;
- Apresenta síntese conclusiva;
- Apresenta avaliação final do trabalho.
14 - Quais algumas dificuldades citadas pela autora na construção de portfólios nos cursos superiores?
A principal queixa da autora é a resistência dos alunos a um processo avaliativo que exige a sua participação e que não estão familiarizados.
15 - Trabalhar com portfólio significa assumir riscos. Quais riscos a autora menciona no texto estudado?
Ela menciona o perigo de que o portfólio pode se tornar apenas uma pasta de arquivos e registros, corrompendo seu uso e o transformando em modismo da educação. Outro risco é a resistência encontrada em professores e alunos, que inicialmente acreditam que terão muito mais trabalho do que antes.
Referências:
VILLAS BOAS, Benigna Maria de Freitas. Portfólio, avaliação e trabalho pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 2004.
domingo, 8 de fevereiro de 2015
Os nove jeitos mais comuns de avaliar os estudantes
Estudando sobre a avaliação percebemos que esta erroneamente está vinculada a ideia de examinar e classificar, atos realizados comumente por uma prova. Desse modo, é importante refletirmos sobre outras maneiras, mais apropriadas e eficientes em sua especificidade, para obtermos informações sobre o desenvolvimento dos educandos. Assim, a revista Nova Escola publicou as nove maneiras mais comuns para se avaliar alunos. O artigo pode ser encontrado através do link: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/avaliacao-nota-10-424569.shtml.
Os nove jeitos mais comuns de avaliar
Prova objetiva | |
Definição | Série de perguntas diretas, para respostas curtas, com apenas uma solução possível. |
Função | Avaliar o que aluno apreendeu sobre dados singulares e específicos do conteúdo. |
Vantagens | É familiar às crianças, simples de preparar e de responder e pode abranger grande parte do exposto em sala de aula. |
Atenção | Foque as questões somente em conteúdos já trabalhados em sala. |
Planejamento | Selecione os conteúdos para elaborar as questões e faça as chaves de correção; elabore as instruções sobre a maneira adequada de responder às perguntas. |
Análise | Defina o valor de cada questão e multiplique-o pelo número de respostas corretas |
Como utilizar as informações | Analise as questões que todos os alunos acertaram e retome os conteúdos referentes àquelas que a maioria da turma errou. |
Prova dissertativa | |
Definição | Série de perguntas que exijam capacidade de estabelecer relações, resumir, analisar e explicar. |
Função | Verificar a capacidade de analisar o problema central, abstrair fatos, formular idéias e redigi-las. |
Vantagens | O aluno tem liberdade para expor os pensamentos, mostrando habilidades de organização, interpretação e expressão. |
Atenção | Defina o número de questões pensando no tempo que os alunso terão para resolver cada uma delas. |
Planejamento | Elabore poucas questões e dê tempo suficiente para que os alunos possam pensar e sistematizar suas respostas. |
Análise | Defina o valor de cada pergunta e atribua pesos à clareza das ideias, à capacidade de argumentação e à conclusão. |
Como utilizar as informações | Após a correção das provas, discuta coletivamente algumas questões respondidas de diferentes modos pelos alunos. |
Seminário | |
Definição | Exposição oral para um público leigo, utilizando a fala e materiais de apoio adequados ao assunto. |
Função | Possibilitar a transmissão verbal das informações pesquisadas de forma eficaz. |
Vantagens | Contribui para a aprendizagem do ouvinte e do expositor, exige pesquisa, planejamento e organização das informações; desenvolve a comunicação oral em público. |
Atenção | Apresentar um conteúdo estudado não significa memorizá-lo. |
Planejamento | Ajude na delimitação do tema, forneça bibliografia e fontes de pesquisa, esclareça os procedimentos apropriados de apresentação; defina a duração e a data da apresentação; e traga bons modelos de referência. |
Análise | Atribua pesos à abertura, ao desenvolvimento do tema, aos materiais utilizados e à conclusão. Estimule a classe a fazer perguntas e emitir opiniões. |
Como utilizar as informações | Caso a apresentação não tenha sido satisfatória, planeje atividades específicas que possam auxiliar no desenvolvimento dos objetivos não atingidos. |
Trabalho em grupo | |
Definição | Atividades de natureza diversa (escrita, oral, gráfica, corporal etc) realizadas coletivamente. |
Função | Construir conhecimentos de forma colaborativa. |
Vantagens | A interação é um fator de aprendizagem. Por isso as trocas horizontais são muito importantes. |
Atenção | Esse procedimento não tira do professor a necessidade de buscar informações para orientar as equipes. Nem deve substituir os momentos individuais de aprendizagem. |
Planejamento | Proponha uma série de atividades relacionadas ao conteúdo a ser trabalhado, forneça fontes de pesquisa, ensine os procedimentos necessários e indique os materiais básicos para a consecução dos objetivos. |
Análise | Acompanhe os grupos, intervenha e dê mais atenção àqueles que não estão conseguindo produzir. |
Como utilizar as informações | Observe se houve participação de todos e colaboração entre os colegas, atribua valores às diversas etapas do processo e ao produto final. |
Debate | |
Definição | Discussão em que os alunos expõem seus pontos de vista a respeito de assunto polêmico. |
Função | Aprender a defender uma opinião fundamentando-a em argumentos convincentes. |
Vantagens | Desenvolve a habilidade de argumentação e a oralidade; faz com que o aluno aprenda a escutar com um propósito. |
Atenção | Como mediador, dê chance de participação a todos e não tente apontar vencedores, pois em um debate deve-se priorizar o fluxo de informações entre as pessoas. |
Planejamento | Defina o tema, oriente a pesquisa prévia, combine com os alunos o tempo, as regras e os procedimentos; mostre exemplos de bons debates. No final, peça relatórios que contenham os pontos discutidos. Se possível, grave a discussão para análise posterior. |
Análise | Estabeleça pesos para a pertinência da intervenção, a adequação do uso da palavra e a obediência às regras combinadas. |
Como utilizar as informações | Crie outros debates em grupos menores; analise o vídeo e aponte as deficiências e os momentos positivos. |
Relatório individual | |
Definição | Texto produzido pelo aluno depois de atividades práticas ou projetos temáticos. |
Função | Averiguar o que o aluno aprendeu. |
Vantagens | É possível avaliar o real nível de apreensão de conteúdos depois de atividades coletivas ou individuais. |
Atenção | É importante escrever uma devolutiva para o aluno. |
Planejamento | Defina o tema e oriente a turma sobre a estrutura apropriada (introdução, desenvolvimento, conclusão e outros itens que julgar necessários, dependendo da extensão do trabalho); o melhor modo de apresentação e o tamanho aproximado. |
Análise | Estabeleça pesos para cada item que for avaliado (estrutura do texto, conteúdo, apresentação). |
Como utilizar as informações | Só se aprende a escrever escrevendo. Caso algum aluno apresente dificuldade em itens essenciais, crie atividades específicas, indique bons livros e solicite mais trabalhos escritos. |
Autoavaliação | |
Definição | Análise oral ou por escrito, em formato livre, que o aluno faz do próprio processo de aprendizagem. |
Função | Fazer o aluno adquirir a capacidade de analisar seu percurso de aprendizagem, tomando consciência de seus avanços e de suas necessidades. |
Vantagens | O aluno torna-se sujeito do processo de aprendizagem, adquire responsabilidade sobre ele, aprende a enfrentar limitações e estabelecer prioridades. |
Atenção | O aluno só se abrirá se sentir que há um clima de confiança entre o professor e ele e que esse instrumento será usado para ajudá-lo a aprender |
Planejamento | Forneça ao aluno um roteiro de autoavaliação, definindo as áreas sobre as quais você gostaria que ele discorresse; liste habilidades e conteúdos e peça que ele indique aquelas em que se considera apto e aquelas em que precisa de reforço. |
Análise | Use esse documento ou depoimento como uma das principais fontes para o planejamento das próximas intervenções. |
Como utilizar as informações | Ao tomar conhecimento das necessidades do aluno, sugira atividades individuais ou em grupo para ajudá-lo a superar as dificuldades. |
Observação | |
Definição | Análise do desempenho do aluno em fatos do cotidiano escolar ou em situações planejadas. |
Função | Seguir o desenvolvimento do aluno e ter informações objetivas sobre sua participação em sala. |
Vantagens | Perceber como o aluno constrói o conhecimento, seguindo de perto todos os passos desse processo. |
Atenção | Faça anotações no momento em que ocorre o fato; evite generalizações e julgamentos subjetivos; considere somente os dados fundamentais no processo de aprendizagem. |
Planejamento | Elabore uma ficha organizada (check-list, escalas de classificação) prevendo atitudes, habilidades e competências que serão observadas. Isso vai auxiliar na percepção global da turma e na interpretação dos dados. |
Análise | Compare as anotações do início do ano com os dados mais recentes para perceber o que o aluno já realiza com autonomia e o que ainda precisa de acompanhamento. |
Como utilizar as informações | Esse instrumento serve como uma lupa sobre o processo de desenvolvimento do aluno e permite a elaboração de intervenções específicas para cada caso. |
Conselho de classe | |
Definição | Reunião sobre uma determinada turma, liderada pela equipe pedagógica. |
Função | Compartilhar informações sobre a classe e sobre cada aluno para embasar a tomada de decisões. |
Vantagens | Favorece a integração entre professores, a análise do curriculo e a eficácia dos métodos utilizados; facilita a compreensão dos fatos com a exposição de diversos pontos de vista. |
Atenção | Faça sempre observações concretas e não rotule o aluno; cuidado para que a reunião não se torne apenas uma confirmação de aprovação ou de reprovação. |
Planejamento | Conhecendo a pauta de discussão, liste os itens que pretende comentar. Todos os participantes devem ter direito à palavra para enriquecer o diagnóstico dos problemas, suas causas e soluções. |
Análise | O resultado final deve levar a um consenso da equipe em relação aos melhores encaminhamentos para cada aluno. |
Como utilizar as informações | O professor deve usar essas reuniões como ferramenta de auto-análise. A equipe deve prever mudanças tanto na prática diária de cada docente como também no currículo e na dinâmica escolar, sempre que necessário. |
Ken Robinson: Escolas matam a criatividade?
Pesquisando sobre o processo evolutivo da educação, encontrei o vídeo abaixo. Nele, Ken Robinson fala, de forma dinâmica e divertida, reflexões sobre o atual modelo de ensino mundial. O conteúdo não está ligado diretamente ao processo avaliativo, entretanto, nos leva a questionar qual o papel e o foco da escola em seu atual modelo e quais as suas consequências no futuro das crianças e do mundo.
Reflexões Sobre a Avaliação na Escola Infantil
Em minhas pesquisas sobre o processo de avaliação, encontrei um vídeo interessante da professora Jussara Hoffman, da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que traz algumas reflexões sobre o processo avaliativo na educação infantil.
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